"Freis na Paróquia: Uma História Inspiradora

Frei Brocardo Stokhof 

Foi um incomparável sacerdote. Seu nobre caráter marcou-lhe os atos. Caritativo, sempre se interessava pelo bem-estar dos paroquianos.  

Esse grande sacerdote ofereceu apoio e segurança a muitas pessoas. Era alegre e  brincalhão, mas havia dias em que uma sombra de tristeza traía seu semblante. Às vezes,  caminhava silencioso e absorto pelo largo da Matriz. Todos respeitavam o seu doloroso  silêncio. 

Em 1952, Frei Brocardo retornou a Paracatu. Ele soube conquistas a estima e o  respeito dos unaienses. Em 29 de julho de 1969, faleceu na Holanda. Vive agora no esplendor  de Deus. 

Frei Patrício Von Helvoort 

Em 1946, Frei Patrício chegou em Unaí para auxiliar o vigário Brocardo. Bondade a  iluminar a vida dos paroquianos. Compôs música e letra de um hino para o Grupo Escola  Domingos Pinto Brochado. Ofereceu grandes riquezas espirituais ao povo da cidade. Autêntico  nas maneiras, severos nas horas precisas, simples e culto, eis o conjunto da sua personalidade.  Profundo conhecedor de música, organizou o coral da igreja. Com a sua bela voz, suas missas  cantadas e sua claras pregações, atraiu para a igreja muitos fiéis. Incentivador da Conferência  de são Vicente de Paulo de Unaí, praticou vastamente o exemplo da caridade. 

Positivo, de fino intelecto contrastante com o acanhado ambiente foi injustiçado e  incompreendido. Maltratado por politicagens, transferiu0se para João Pinheiro.  

Frei Patrício, o inesquecível servo de Deus, faleceu e foi sepultado em João  Pinheiro, no dia 14 de outubro de 1950. Sua memória é louvada por aqueles que o respeitaram  e seu nome está inscrito na memória de Unaí. 

Frei Cecílio Bruggeman 

Foi vigário nos períodos de: 1952 a 1956: 1961 a 1966: 1981 a 1982. Frei Cecílio  sabia recrias o seu cotidiano. Com ele, nem pensar em paradeiro. Costumava celebrar à Santa  Missa pela manhã. E, num instante, já estava a caminha da fazenda que amava, fiscalizando os  trabalhos da mesma. Com dinamismo e dedicação, marcou sua presença nas igrejas dos  distritos e povoados de Unaí. Lá estava Frei Cecílio nas romarias do Boqueirão, batizando,  rezando, casando romeiros, cantando hinos sacros com o seu vozeirão. Gostava muito de Unaí  e sempre temeu ser transferido para outras cidades. Era sincero amigos dos paroquianos, ativo  e apressado. Com sua disposição para o trabalho, foi promotor de grandes obras que  engrandeceram Unaí.

Em 06 de setembro de 1987, Frei Cecílio transpôs os umbrais da eternidade. Com  seu jeito de se apressado, deve ter logo apresentado ao Senha a relação interminável dos seus  bons serviços. 

Frei Cecílio manifestava aos amigos o desejo de ser sepultado na terra que tanto  amava. Amor correspondido! Espantosa multidão conduziu o seu corpo ao jazigo em meio aos  hinos sacros que, com fervor, ensinara a entoar. Conosco ficará a lembrança do seu dinamismo  e do grande devotamento à igreja. 

Frei Plequelmo Sanders 

Foi vigário da Paróquia de 1956 a 1958. Grande incentivador da cultura, colaborou  na organização de peças teatrais, catequese e festas religiosas. Foi diretor do Ginásio Nossa  Senhora do Carmo. Era possuidor da vasta cultura e muito amigo dos paroquianos. 

Frei Paulo Kolgelman 

Sucessor de Frei Plequelmo. Foi vigário da Paróquia de 1958 a 1960. Muito  colaborou com o setor educacional. Seu apoio foi decisivo para o bom desenvolvimento das  nascentes atividades do Ginásio Nossa Senhora do Carmo. 

Frei Anselmo Bertels 

Prestou seus serviços com eficiência, bondade e alegria. Foi vigário da Paróquia de  1966 a 1978. Faleceu nesta cidade no dia 10 de outubro de 1980. Frei Anselmo foi um  carmelita que desempenhou relevantes trabalhos, pastorais e sociais na cidade de Unaí e  região. Ponderado e prestativo, foi ele quem forneceu os elementos necessários para escrever  a história da Paróquia. Seu nome foi perpetuado na mais importante instituição filantrópica  de Unaí: O Abrigo Frei Anselmo. 

Frei Cipriano Broekuis 

Foi vigário no período de 1978 a 1979. Antes disso, já se encontrava na cidade e  colaborou, com sua inteligência e preparo como professor. Em março de 1980, Frei Cipriano  tomou posse como vigário em Buritis, onde foi curta a sua missão. Vitimado por uma para  cardíaca, faleceu aos 18 dias do mês de fevereiro de 1982, na referida cidade. 

Frei Pio Baars 

Em 02 de março de 1980, Frei Pio Baars, que já estivera nesta Paróquia, regressou  como vigário. Na busca de Deus, palmilhou muitos caminhos, orientou e instruiu legiões de 

fiéis tanto nas capitais, como em pequenas cidades. Atraiu muito fiéis à celebração da Santa  Missa. 

Na sucessão de suas múltiplas atividades, não contou com a estafa que, pouco,  minava-lhe o organismo. O estimado Frei Pio, incentivador das atividades sociais, culturais e  religiosas, faleceu no dia 30 de setembro de 1981. Seu túmulo situa-se no cemitério São  Vicente. 

Os Feis Justino Velthuis, Eugênio Goseling, Miguel Jonkers (1929), Vitor Castro  Lisboa, Eistáquio Van Der Werff e o saudoso Francisco Hoebert, imão leigom desempenharam  muito bem a missão que abraçaram e muito fizeram pela nossa Paróquia. 

O vigário de 1982 foi o saudoso Frei Jorge Van Kampen. 

Frei Estévão Peters foi sei auxiliar e também foi vigário cooperador em 1984.  Faleceu com mais de oitenta anos, no dia 17 de dezembro de 1989. 

Fonte: Maria Torres Gonçalves (Saga: Hunay de Ontem e Unaí de Hoje – 2.ª Edição – Ver.  E Com. – Uberlândia: Editora Regência: Arte editora 2017.)